Digitalização pode complicar a vida dos beneficiários

Para cortar gastos são previstas mudanças em formulários do Bolsa Família e do Cadastro Único. É a mesma linha adotada no INSS - que prometeu atendimento on-line, mas não reduziu a fila da aposentadoria. Especialista alerta que nem todo brasileiro (principalmente os idosos) tem acesso à internet. O MINISTÉRIO DA CIDADANIA, PASTA RESPONSÁVEL POR PROGRAMAS ASSISTENCIAIS, PRETENDE REALIZAR MUDANÇAS NOS BENEFÍCIOS. ENTRE ESSAS MUDANÇAS ESTÁ A DIGITALIZAÇÃO DO BOLSA FAMÍLIA. A IDEIA É QUE BENEFICIÁRIOS DO PROGRAMA RECEBAM E MOVIMENTEM O DINHEIRO POR MEIO DO APLICATIVO CAIXA TEM, CRIADO PARA PAGAR O AUXÍLIO EMERGENCIAL. A PASTA INICIOU ESTA MIGRAÇÃO EM DEZEMBRO DO ANO PASSADO. OUTRA MUDANÇA SIGNIFICATIVA, É A DIGITALIZAÇÃO DO CADASTRO ÚNICO DO GOVERNO FEDERAL. HOJE, PARA SE INSCREVER EM UM PROGRAMA SOCIAL, COMO O BOLSA FAMÍLIA, É PRECISO IR AO CRAS, CENTRO DE REFERÊNCIA EM ASSISTÊNCIA SOCIAL E FAZER O CADASTRO ÚNICO. A INTENSÃO DO GOVERNO É DIGITALIZAR ESTE CADASTRO. DE ACORDO COM JOSÉ CRUS, VICE-PRESIDENTE DO COLEGIADO NACIONAL DE GESTORES MUNICIPAIS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, ESTA MEDIDA PREOCUPA. SOBRE A DIGITALIZAÇÃO DO BOLSA FAMÍLIA, O MINISTÉRIO DA CIDADANIA INFORMOU QUE O PROCESSO SERÁ GRADUAL, MAS QUE A FORMA ANTIGA DE RECEBER O BENEFÍCIO, PELO CARTÃO, AINDA CONTINA VALENDO. ATUALMENTE, APROXIMADAMENTE DOIS MILHÕES E 200 MIL FAMÍLIAS JÁ PODEM UTILIZAR O CAIXA TEM PARA MOVIMENTAR O BOLSA FAMÍLIA.